sábado, 5 de abril de 2014



Amarela: como o ouro, só que mais valiosa, só pela imagem.

Livre: voava em direção ao sol; voava só.

Faltava-lhe metade de uma asa: metade da metade de sua liberdade.
Ela: 1/4 mais presa. Eu: lembrei-me do quarto que um dia me aprisionou...
Andei até lá, sai da fila e a salvei.


Não... Ela que me salvou.
Todos os dias algo me salva...
Houve um tempo em que minha voz voava...
Quando o único momento mudo era o verbo, e como eu mudava...
Mudava de assunto e de ideia, mudava o que era e o que jamais seria...
Retinha reticências e inalava essências temporárias de ser...


               Houve...

Na constância de mudar, mudei, emudeci...

Muitos eus morreram, e poucos renasceram.

Hoje estou mudo, em um silêncio de ser...
Dizem que a palavra faz o mundo. Minhas palavras mal fazem sentido...


Novamente sinto muito, só que dessa vez é por sentir pouco.