sábado, 25 de setembro de 2010

Nunca se é mais exigente do que quando se conhece a "perfeição".

Ele achava bom ser inteligente, ótimo se destacar, era o líder em qualquer lugar... Pelo menos até aqui. Quando se chega em um certo ponto muito próximo da ponta, começa-se a achar aqueles que estavam rentes a superfície “desinteressantes”. Almeja-se algo maior, e encontra-se. Quando chegou ali, foi ela quem ele encontrou, e mesmo voando alto, ele não estava a sua altura...

Para aqueles que estão além das nuvens, os que estavam abaixo e ascenderam são apenas faíscas, estopins com potencial para brilhar, como um vaga-lume querendo ser estrela... E foi isso, ele era o vaga-lume e ela era a estrela, que como todo bom corpo celeste possuía sua própria força de atração, o que fez o vaga-lume orbitar ao seu derredor. O astro celeste permitiu que ele a orbitasse, e o pequeno inseto, por sua vez, se permitiu-se ser atraido reciprocamente(talvez assim fosse, querendo ele ou não...). Ambos movidos pela novidade, ele pela gravidade e pela nova dimensão das coisas, e seu par, pela simplicidade que nunca imaginou poder conhecer.

Eles conversaram, ela o encantava em cada palavra, em cada brilho, e cada vez que ele olhava-a nos olhos via um núcleo de idéias e ideais. Ela somente ria e se admirava, o vaga-lume por mais que fosse insignificante ao lado de uma compania tão brilhante, sabia fazer até uma estrela rir, falava o que pensava, ainda que seus pensamentos não fossem tão grandiosos e não tivesse tanto conhecimento quanto ela. Ela falou um bocado sobre muita coisa, e ele só ouvia, respondendo com sua opinião, porque por mais que tentasse, não conseguia assuntos tão impressionantes quanto os dela ali expostos, tudo que ele podia expor naquele momento, era admiração.

No fim da noite, os companheiros que haviam ficado rentes ao chão se juntaram, voando juntos para trazer-lo de volta, arrancaram o vaga-lume sonhador de sua orbita, levando-o para casa, longe do campo gravitacional da estrela... O vaga-lume não queria ir, e se manteve olhando para cima o tempo inteiro.

Enquanto os outros voltavam para os arredores da terra com ele, perceberam que as asas do sonhador, haviam murchado, devido a ter estado tão próximo estrela, e que seus olhos, estavam ainda piores... Ele parecia cego.

O vaga-lume ainda enxergava ás vezes... Não havia perdido a capacidade de ver... Porém, tinha se distanciado da única visão que parecia valer a pena. Sentia-se enfastiado com o que ainda via, mas mais ainda com o que não podia ver de novo... Não havia ficado cego com o brilho daquele encontro, pelo contrario, passou a entender, como magníficas as coisas realmente podiam ser...

-Existem brilhos tão intensos, que nos fazem perder a sensibilidade, nós inibem de enxergar, certos stopins que poderiam inflamar grandes paixões. Não sei se tenho mais medo ou vontade de conhecer minha própria “estrela”

-Algumas estrelas cadentes passam tão rápido que mal temos tempo para fazer um pedido...




Um comentário:

  1. realmente didatico....fica mais facil de entender...tu realmente eh foda por tabela amilton!

    flw

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