sábado, 2 de julho de 2011

Já amei, e sei como meu amor funciona: Ele é livre, não me julgo dono dos meus amados, sejam eles vivos ou não; pessoas, animais ou objetos só os quero em minha vida, com a freqüência que à eles for possível e agradável, desde que ainda exista alguma freqüência.

Não acredito em amor a primeira vista, porque primeiras vistas enganam, estão sempre com o bônus da novidade, e o novo –enquanto ainda o é- surpreende e cativa...

Enquanto as surpresas renovam-se, apaixono-me cada vez mais... Mas, a paixão é temporária e irracional, e com o tempo, acabo pensando por demais, e racionando-a por medo de acabar... Porém essas chamas precisam de muito pra queimar, e se diminui-se seu ar, ela começa a apagar, ou pior, sufocar ...

Algumas das paixões viram brasa... E ainda aquecem, aconchegantemente, sem fazer suar nem deixar-me no frio, não são mornas, mas são na medida certa... E essas podem virar amor, as brasas que nunca deixam de incandescer...

Amor não causa dor... Mas me dôo, justamente por não me doar...

Quero alguém que me ame, do jeito que eu amo... Quero sentir junto, sem posses, ficar a deriva do sentimento... Ao mar... Ao vento...

Murmúrio

Sopra, se é amor, deixa à mar...

Na vela ele navega e queima...

Pois ambas as velas, como meus pulmões,

Se alimentam desse ar...

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