segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O retrato coletivo por um estudante no coletivo.


Vento, sol e sombras... Pessoas... Pessoas...
atravessam a rua, param no sinal, mas independente do que façam , estão todas juntas, juntas e distantes... Simplesmente seguindo em frente.
Se distraem e se abstraem como podem. Os afazeres são mecânicos, o ônibus é mecânico, e talvez eu também seja as vezes, mas não agora, se agora eu o fosse, conseguiria escrever melhor nessa travessia extravagante abastecida de mortes e fósseis, mas ainda assim alegre e segura, em feixes e faixas.
Esta descrição só é possível do centro, do acento do "é", do centro do eu, de algo no meu ser. Aqueles que não cruzam por aqui usando as áreas seguras, passam por cima de outros com pressa, pelos atalhos altos e convencionais, sem sinais, sem paciência. Mas a paciência é a tortura virtuosa, quase tão torta como essas linhas rabiscadas durante essa passagem paga pela metade. Quem disse que na vida não existem retornos?! Eles existem, sim aqui eles existem... Mas são fixos, fechados e como em qualquer avenida antiga, são extremamente mal sinalizados.

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