quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Eu's meus - pt 3

Certo de incertezas redundantes, resolveu escrever sobre o que sentia -Já não podia falar de outra coisa.

-Quando começamos essa conversa, há anos atrás, nada importava muito, a não ser suprir a falta de conversas satisfatórias. Hoje, isso parece ser o de menos. Tornamo-nos cada vez mais lacônicos, perdidos em nós mesmos, Nunca achei que, em um universo inteiro, minhas palavras perderiam-se no caminho entre lobo frontal e boca.

-Existem contas, quase tão longas quanto aquelas barganhas, que de tão mal feitas não foram finalizadas. É necessário arcar com o preço de viver. Responsabilidade é sinônimo de crescimento. Seja grato pelo que temos. Pare de alimentar a utopia das realizações plenas. Se um dia alcançássemos o balanço ficarias entediado.

-Estou entediado agora, e sem objetivos reais. As vezes minto para mim mesmo tentando acreditar que quero ser medico, ou psicologo. Não sei o que quero fazer da vida. Aliás, parece-me muito errado ter que querer fazer algo pela vida inteira. Seja lá quanto tempo isso vá ser.

-Sei disso, lembre-se que sou você, ou melhor: somos eu. Quanto a necessidade de eternizar vontades efêmeras: Pode não ser tanto tempo assim. Independente disso, o caminho é que importa, lembra?

-As vezes lembro, e nesses dias sou feliz. Noutros dias esqueço, mas sou mais feliz ainda quando deixo de pensar em tudo isso. Infelizmente: entorpecido. Essa droga de rotina é mais forte que a morfina daquele enfermeiro.

-Já tivemos rotinas adoráveis, o problema é a falta de vontade. O que queremos afinal?

-Como sempre: quero querer algo. E você?

-Não sei.

-Não sabemos*.

...

domingo, 11 de outubro de 2015


Caçávamos animais para viver
hoje caçamos sentidos.
Sentimos,
Temos...
Somos?
Cansamos rápido,
Casamos rápido...
Temos vivido devagar,
à devagar...
De vagar, sem sair daqui.


sábado, 10 de outubro de 2015

Children, don't stop dancing. Believe: you can fly!

As vezes ouvimos musicas quase aleatórias, que trazem memorias nem tão aleatórias assim. Hoje, ouvindo uma delas, que deu titulo a essa postagem, me lembrei das diversas vezes em que filmes, series ou livros, referiam-se a "adultos" entre dezoito e talvez vinte e tantos anos como "crianças". Muitas vezes isso se deve ao momento histórico em que a narrativa se passa, outras vezes se trata de imaturidade, mas em alguns poucos casos refere-se ao fato de ser ou não "criança".

Biologicamente, já foi fácil intitular alguém como criança, fosse por idade cronológica ou por experiencia de vida. Será que é tão simples assim?

Não me entendam mal, por tal rotulo "criança" não quero eximir-me de responsabilidade, mas há um trecho de certo livro que explica isso melhor:

"Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência."           (Jonstein Gaarder)

Talvez seja só outra crise de idade. Sim, sou jovem. Sim, assim como todos, estou envelhecendo,

Tenho 24 anos, e vou me mudar(Pela primeira vez na vida!). Vai ser "minha casa"(financiada pela caixa, mas assim que pagar será minha sem aspas). Então por que estou assustado? Qual a relação de me mudar para minha primeira casa(própria) com o paralelo de ser-ou-não-ser-criança?

É simples, mas vou explicar. Recentemente meus amigos começaram a me chamar de "tiozão". Tive uma assembleia de condomínio na qual eu tinha pelo menos uns 10 anos a menos do que a maioria e talvez 20 anos a menos que a metade dos membros.

Perguntas do meu "eu questionador"
-Que diferença isso faz para a humanidade? -Nenhuma.
-Até que ponto isso nos ajuda a encontrar um sentido para a vida? -Nem que seja a nossa? Não ajuda.
-Para quem você está escrevendo isso? -Para mim mesmo, ou quem sabe para ninguém.

-Plausível...
-Para um monologo.


terça-feira, 16 de junho de 2015

So close, no matter how far (Of whatever the hell I wanna be)

-Hora de voltar, 19:52?
-Agora, que seja. Pra onde?
-Pra frente. Não em linha reta, talvez em caracóis, passando rapidamente por algumas memorias.
É hora de tentar olhar as coisas de um modo diferente.
-"Não ligue para o que dizem, não liguem para o que eles fazem e sabem, você sabe"
-"Nada mais importa?"
-Algum dia já importou?
-Me importei.
-Não comece. Ou melhore, comece com algo novo, esses diálogos já estão manjados.
-Então vamos lá, Que todo dia haja algo novo!

terça-feira, 10 de março de 2015

Outro dia perdido. Vi a borboleta amarela na janela... Ela não pousou. O céu está cinza e tem roupas no varal. O que fazer?

Uma voz vinda de uma musica aleatória diz para por a mochila nas costas e ir para onde a vontade levar (Lembrei de quando odiava depender do vento...)

Quero querer algo... Quanta cacofonia...

Tenho ensinado muito... Acho que está passando da hora de aprender. O que quer que seja. Quero só querer. Quero saber, perceber que estou errado, esquecer e recomeçar.

Em outra profissão, outra razão. Seja lá qual for.

Deveria ter seguido aquela borboleta...